terça-feira, 21 de junho de 2011

As regras da posse responsável

As regras da posse responsável

Se você pretende ter animal de estimação, precisa pensar em pontos fundamentais. Relacionamos algumas considerações para quem pretende colocar mais um membro na família:
- Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados.
- Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.
- Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.
- Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove-o e exercite-o regularmente.
- Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.
- Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.
- Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado.
- Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

Posse Responsável

É antiga a relação dos homens com pequenos animais domésticos, principalmente cães e gatos. Existem indícios de que a domesticação de cães já ocorria por volta de 12 mil anos AC. Desde então, estreitou-se tal proximidade, em função de motivos os mais variados: companhia; segurança de propriedades; reprodução (comercial); colaboração nos serviços de campo; caça; rastreamento e entre outros.
Atualmente, as pessoas vêem o animal doméstico como verdadeiro “membro da família”, um amigo de fato, o que somente reforça que deva existir dignidade, respeito e responsabilidade no trato para com os animais.
Para que se efetive uma posse responsável (que deveria pautar a relação com qualquer animal de estimação), há que se observar atentamente determinadas condições. Assim, antes de adotar ou comprar um animal doméstico, o futuro dono (ou dona) deve observar, entre outros fatores:
- tempo de vida do animal;
- as despesas com alimentação e tratamentos de saúde;
- a adequação do espaço físico disponível para a criação;
- pessoa(s) com tempo para passear e/ou interagir com o animal;
- pessoa(s) para alimentá-lo durante eventuais ausências prolongadas do(a) dono(a).

Por que não deixar solto nas ruas?

A posse responsável implica em manter o animal dentro do espaço doméstico, a fim de evitar transtornos relacionados com animais errantes. Deixar um gato ou um cão solto nas ruas pode acarretar muitos problemas:
- a transmissão de doenças graves como a raiva é facilitada com o aumento da quantidade de animais errantes, que podem contrair a doença e por mordedura, passar para outros animais e para o homem. Podemos também citar outras zoonoses (doenças transmissíveis entre animais e o homem) importantes, como a leptospirose, a leishmaniose, a toxoplasmose, entre outras;
- possibilidade não só de o animal sofrer um acidente automobilístico (com danos muitas vezes irreparáveis) como também de atacar outros animais ou pessoas (no caso de crianças, as conseqüências costumam apresentar extrema gravidade);
- sujeira nas vias públicas, através do aumento da quantidade dos dejetos fecais;
- deterioração do meio ambiente, com a destruição de sacos de lixo (onde os animais errantes procuram sua fonte de alimento nas ruas);
- procriação sem controle, contribuindo para agravar ainda mais o problema da superpopulação de animais errantes.

Identificação do animal

É fundamental que o animal de estimação tenha sempre uma coleira com uma placa ou medalha de identificação, constando o nome e o telefone do proprietário. Desse modo, evita-se um drama bastante comum, quando o animal foge ou se perde e os donos, desesperados, empreendem campanhas de localização, no mais das vezes infrutíferas.

Castração

Método cirúrgico que impede a reprodução, através da remoção do útero/ovários nas fêmeas e dos testículos nos machos. Existem ainda outras técnicas em que as gônadas são preservadas, como a vasectomia.
Desde que realizado por um médico veterinário, este procedimento apresenta bastante segurança. Além disso, contribui para que se efetue o controle populacional, uma vez que o animal castrado não terá mais a capacidade de gerar filhotes.

Reprodução

A posse responsável também implica em evitar o cruzamento do animal doméstico de maneira descontrolada. O (a) proprietário (a) deve saber que, a cada cruzamento, uma nova ninhada vai ser gerada, exigindo os mesmos cuidados com relação à higiene, alimentação, espaço físico, cuidados com a saúde. Portanto, só se deve permitir um cruzamento quando houver garantia de que a ninhada não ficará desassistida.
Vale ressaltar que o fato de não cruzar não prejudica em nada o animal, tanto do ponto de vista físico como do psicológico. Em contrapartida, deixá-lo seguir seus impulsos só acarreta aumentos indesejados de população. Preocupa cada vez mais o número crescente de filhotes abandonados pelas ruas, tanto que atualmente já é considerado um sério problema de saúde pública.
A sociedade deve se aliar aos órgãos públicos no sentido de diminuir a quantidade de animais errantes em nossa cidade. Só assim,se aumentará a qualidade de vida dos animais e da própria população.
Conselho Local de Saúde do Centro de Controle de Zoonoses

Outras considerações

- Cães sentem tristeza assim como os humanos, principalmente quando estão sozinhos. Se você trabalha fora o dia todo e quer um bichinho pra lhe fazer companhia, o gato é o ideal, pois ele é mais auto suficiente, embora também se apegue ao dono. Gatos dormem muitas horas, portanto se adaptam melhor à ausência do dono. Muitas pessoas dizem que o gato gosta da casa mais que do dono. Isso não é verdade. Se o gato for tratado com a mesma afetividade com que tratamos os cães, ele responderá da mesma maneira.
- Se você mora em apartamento não pense que não pode ter um animal de estimação. A Lei garante a todo o cidadão o direito de ter o animal que escolher para ser seu companheiro, desde que o mesmo não cause prejuízo para os vizinhos. Procure adotar um gato ou um cão adulto, que se adaptam mais facilmente. Converse antes com o síndico e faça um acordo amigável com ele.
- Se você não tem paciência ou tempo para criar um filhote, adote um animal adulto. Há inúmeras vantagens, principalmente se for um cão ou gato abandonado. Esses animais ficam tão estressados por terem que viver nas ruas, vítimas de toda sorte de crueldades, que quando encontram "um cantinho" e amor tornam-se gratos pelo resto de suas vidas. Animais adotados quando adultos fazem de tudo para agradar, por isso fica mais fácil educá-los a fazer as necessidades no lugar certo. A grande maioria dos animais adultos encontrados, não precisa ser ensinada . Por instinto, por serem adultos e "vividos" eles já sabem que "fora" é o melhor lugar para fazer as necessidades (lavanderia, quintal, ou mesmo na rua, quando levados para passear).
- Cuidados veterinários também custam dinheiro e você precisa pensar se vai ter condições de dar assistência ao seu animal quando necessário.Vacinação é  tão imprescindível quanto a necessidade de esterilização do cão ou gato que você pretende adquirir.

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